quarta-feira, 20 de abril de 2011

Saturno tem conexão elétrica com Encélado, uma de suas luas

Cientistas já haviam teorizado que uma ligação desse tipo pudesse existir, mas dados comprovando interação foram divulgados pela primeira vez hoje

20 de abril de 2011
estadão.com.br
 


SÃO PAULO - Nesta quarta-feira, 20, a agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou as primeiras imagens e sons de uma conexão elétrica entre Saturno e uma de suas luas, Encélado. Os dados coletados pela sonda Cassini permitem que os cientistas compreendam melhor a complexa interação entre o planeta e suas diversas luas. O resultado da pesquisa será publicado na revista Nature.

Cientistas já haviam teorizado que uma ligação desse tipo pudesse existir em Saturno. Analisando dados coletados em 2008, os cientistas viram um "caminho" entre o planeta e sua lua que brilhava em luz ultravioleta perto do polo norte de Saturno. Essa evidência comprova o circuito, apesar de Encélado estar a 240 mil quilômetros do planeta.



A junção ocorre ao final da linha do campo magnético que liga Sataturno e sua lua. A área, conhecida como pegada de aurora, é o ponto onde elétrons energizados mergulham na atmosfera do planeta, seguindo o campo magnético que vai do polo norte ao polo sul do planeta.

A região da pegada de aurora mede aproximadamente 1,200 quilômetros de largura por 400 quilômetros de altura, cobrindo uma área comparável à Suécia. Os cientistas não encontraram uma pegada similar no polo sul do planeta, embora os cientistas suspeitem que haja uma ligação semelhante entre Saturno e sua lua Io.

sábado, 9 de abril de 2011

Pesquisa avalia conhecimento de brasileiros sobre energia solar

Enviado por Cristiane Gastaldini
Sábado, 09 de abril de 2011

JC , de 08 de Abril de 2011.

Um conjunto de pesquisas sobre energia solar divulgados na segunda-feira (4) mostra que o Sol como fonte de energia é uma ideia valorizada e bem vista entre os brasileiros, independentemente do nível de conhecimento técnico sobre o tema.

O conjunto de pesquisas é do Instituto Ideal e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento, GIZ no Brasil. Os estudos de mercado, um com consumidores e outro com gestores empresariais, foram realizados com o objetivo de avaliar a receptividade dos consumidores a um selo solar, que seria utilizado por empresas que comprassem energia fotovoltaica (como é chamada a geração elétrica a partir do sol) ou instalassem sistemas em suas edificações.

"O selo solar não é o que agrega valor a empresa, mas é a forma pela qual a empresa apresenta uma escolha reconhecida pela sociedade, cada vez mais, como importante. Esta escolha sim é o que agrega valor e torna a empresa importante e admirável", aponta a pesquisa com os consumidores.

Esta pesquisa, do tipo qualitativa, foi realizada com dois grupos de discussão, cada um composto por oito indivíduos de ambos os sexos (homens e mulheres), engajados e interessados no tema da responsabilidade socioambiental corporativa, com idades entre 24 e 62 anos.

Além de apontarem que um selo solar seria um meio importante e eficaz de comprovação de uso da energia alternativa, as pesquisas conduzidas pelo Instituto Market Analysis também serviram para verificar qual o entendimento dos brasileiros sobre esta opção energética.

"O uso da energia solar aumenta a credibilidade da empresa perante o consumidor e isto pode resultar na premiação da empresa por parte deste consumidor, ou seja, na compra do produto ou serviço da empresa ou na propaganda boca a boca positiva da mesma", afirma o estudo.

Contudo, as empresas precisarão também investir em educação, já que as pesquisas apontaram que ainda existe muita desinformação sobre a geração fotovoltaica, seja entre a população em geral quanto entre gestores, o que acaba gerando mitos e barreiras a esta opção energética.

Geração elétrica ou aquecimento de água

A principal confusão identificada é entre geração elétrica e aquecimento solar, que vem acompanhando da falsa ideia de os coletores solares que hoje já começam a ganhar mais espaço nos telhados residenciais do País estariam gerando eletricidade e não aquecimento de água (função que eles de fato exercem).

No Brasil, projetos de geração fotovoltaica conectados a rede existem apenas em pequenos projetos ligados a centros de pesquisas e somam menos de 200 kWp, ou 0,0001% da geração elétrica do País. Só neste ano devem ser instalados projetos de maior porte, como a usina no edifício sede da Eletrobras Eletrosul, chamado projeto Megawatt Solar, que terá um potencial de 1MWp.

Gestores empresariais apostam na idéia - Entre os 68 gestores de empresas entrevistados na pesquisa quantitativa, a maior surpresa foi a disposição em investir em energias alternativas, em particular a solar, mesmo que isto represente custos para a empresa. Isto porque, na opinião deles, tal investimento traria benefícios para a reputação da organização em longo prazo.

Uma das principais barreiras vistas pelas empresas à adoção de geração fotovoltaica vinha sendo o alto custo, porém sendo a tecnologia energética que mais se expande no mundo, os preços de instalação de usinas solares vem caindo substancialmente a cada ano.

Dentre os gestores, 62% deles acreditam que a sua empresa pagaria um preço mais elevado pela energia solar fotovoltaica do que o pago pela atual principal fonte energética. Dentre eles, a metade (49%) acredita que suas empresas pagariam até 10% mais caro pela nova matriz energética.

O consumo de energia fotovoltaica é aprovado especialmente por conta do caráter renovável e pró-ambiental da energia, porém ainda há inseguranças com a ocorrência de problemas operacionais, de suprimento e com a produtividade da energia fotovoltaica.

Por esta razão, a educação também de gestores foi apontada pelo estudo como um ponto importante para serem trabalhados para aumentar a confiança e, assim, levar a adoção de novos projetos de geração fotovoltaica no país.

As duas pesquisas estão disponíveis para download em http://www.americadosol.org/estudos
Fonte: Instituto Ideal (Carbono Brasil)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Eletrosul consegue financiamento de R$ 6,4 milhões com banco alemão para usina solar

29 de março de 2011

A Eletrosul assinou há pouco contrato de financiamento de 2,8 milhões de euros (R$ 6,4 milhões) com o banco alemão KfW para a construção da primeira usina de energia solar de grande porte no Brasil. O objetivo da Eletrosul é de que a usina, batizada de Megawatt Solar, esteja pronta até o fim deste ano.

Assinaram o contrato de financiamento com os representantes do banco alemão o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto, e o diretor financeiro, Antonio Waldir Vituri.

A empresa também trabalha para realizar, em abril, a licitação para a compra das placas fotovoltaicas e para a implantação do projeto, que será em Florianópolis.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fotossíntese artificIal

28/3/2011
Da Agência FAPESP


Da teoria para a prática. A busca pela fotossíntese artificial acaba de dar mais um importante passo. A novidade foi apresentada neste domingo (27/3) em Anaheim, nos Estados Unidos, por um grupo de cientistas que desenvolveu uma folha artificial capaz de produzir energia.

Na 241ª reunião nacional da American Chemical Society, o grupo liderado por Daniel Nocera, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), descreveu uma célula solar do tamanho de um baralho de cartas capaz de imitar a fotossíntese, processo por meio do qual as plantas convertem luz e água em energia.
A fotossíntese artificial é investigada em centros de pesquisa de diversos países e foi um dos principais assuntos debatidos no Workshop BIOEN/PPP Ethanol on Sugarcane Photosynthesis, realizado pelo Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia em 2009.

“Uma folha artificial funcional tem sido uma espécie de cálice sagrado da ciência há decadas e acreditamos que tenhamos conseguido desenvolvê-la. Nossa folha se mostrou promissora como uma fonte de energia de baixo custo para residências pobres em países em desenvolvimento, por exemplo. Nosso objetivo é fazer com que cada casa tenha sua própria geração de eletricidade”, disse Nocera.

Apesar de ter como base as folhas verdes, o dispositivo apresentado pelos cientistas norte-americanos em nada lembra um vegetal, com exceção do resultado energético. O equipamento é feito de silício e cheio de componentes eletrônicos e catalisadores, usados para acelerar reações químicas. Colocado em um balde com água sob a luz do Sol, o pequeno aparelho divide a água em seus dois componentes básicos: hidrogênio e oxigênio.

Hidrogênio e oxigênio são armazenados em células combustíveis, que usa os dois elementos para produzir eletricidade.

Nocera conta que a primeira folha artificial foi desenvolvida há mais de uma década por John Turner, do Laboratório Nacional de Energias Renováveis no Colorado, mas que não se mostrou prático para uso amplo por ser instável, gerar pouca energia e usar metais caros.

O novo dispositivo superou esses problemas, segundo o cientista, usando materiais mais baratos (como níquel e cobalto) e tendo operado sem parar por mais de 45 horas sem perda na produtividade.

Por enquanto a folha artificial do grupo de Nocera é cerca de dez vezes mais eficiente na fotossíntese do que uma folha normal. Ainda assim seriam precisos dezenas ou centenas de dispositivos para produzir a mesma energia que uma árvore. Entretanto, Nocera estima que a eficiência possa ser multiplicada no futuro.
“Da mesma forma que a natureza, acho que o mundo no futuro será alimentado pela fotossíntese, na forma de folhas artificiais”, disse.

Mais informações sobre a pesquisa: web.mit.edu/chemistry/dgn/www/index.shtml